Balanço da semana de Acções durante a Cimeira da NATO em Lisboa; reorganização da Plataforma Anti-guerra Anti-NATO e acções futuras


Após a reunião havida em Coimbra a 01/12/2010 e no seguimento da Assembleia da PAGAN de dia 14/12/2010, chegou-se às seguintes conclusões:

Foi realizado o balanço interno da semana de acções durante a Cimeira da NATO em Lisboa tendo sido considerado que se cumpriram os objectivos que a PAGAN inicialmente se tinha proposto desencadear: campanha de sensibilização pública contra a guerra e contra a NATO; realização da Contra Cimeira; acções de desobediência civil de carácter não-violento e participação na manifestação de dia 20 de Novembro.

Na impossibilidade de estarem presentes em todas as acções, os grupos trabalharam de forma autónoma, orientada no sentido de se atingirem os mesmos alvos: a guerra e a NATO, a condenação pública da presença dos senhores da guerra em Lisboa e a chamada de atenção para as consequências do novo conceito estratégico aprovado na Cimeira da NATO em Lisboa.

Desta autonomização de grupos surgiu o Contra A Guerra Age (CAGA), movimento de activistas do Porto e de Lisboa, que se responsabilizou de uma forma exemplar pela auto-organização do acampamento de activistas e pela organização e participação em acções de desobediência civil. Saudamos os Ritmos de Resistência no importante papel de divulgação das acções, e a Clown Army que nelas participaram activamente. Saudamos o Indymedia que informou e divulgou as acções anti-NATO na hora. Saudamos todos os activistas nacionais e estrangeiros que se deslocaram a Lisboa para dizer não à NATO.

Foi decidido que o parecer jurídico sobre a situação dos activistas impedidos de entrar em Portugal aquando da Cimeira da NATO em Lisboa seria enviado para organismos nacionais e internacionais defensores dos direitos humanos.

A PAGAN acusa igualmente a forma anti-democrática e anti-constitucional como desfilaram vários cidadãos activistas nacionais e estrangeiros na manifestação contra a NATO convocada pela Plataforma “Paz Sim, NATO Não!” no dia 20 de Novembro de 2010, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. É da subversão dos direitos democráticos e da exibição dos poderes armados que brotam a revolta e a violência. Em democracia os activistas não se manifestam escoltados por forças policiais e os cidadãos não são impedidos de circular livremente.

Foi acordada a construção de uma rede de movimentos que se procurará estender aos contactos no estado espanhol e aos activistas de outros países, presentes em Lisboa nas acções de desobediência civil e na Contra-Cimeira.

Na sua essência, a PAGAN continuará a ser uma plataforma de indivíduos, unidos por propósitos anti-militaristas, cujas decisões são tomadas em assembleias abertas, devendo esta plataforma inserir-se numa rede de acção anti-militarista mais alargada, que englobe outras organizações nacionais e estrangeiras, de forma a operacionalizar estratégias, tendo em conta os objectivos partilhados.

Une-nos lutar pela paz

Somos contra todas as formas de imperialismo e autoritarismo

Continuaremos a exigir a retirada das forças militares de todos os teatros de operações, a começar pelo Afeganistão

Queremos que os recursos gastos com a Defesa sejam aplicados em áreas socialmente úteis, como investimento em emprego, agricultura, indústria, saúde, educação e cultura.

Exigimos a retirada de Portugal da NATO

Somos pela absoluta extinção da NATO

PAGAN – PLATAFORMA ANTI-GUERRA ANTI-NATO | Dez/2010

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